sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Universidade de Pelotas abre chamada pública para adquirir alimentos orgânicos e da agricultura familiar

Produtos vão compor a refeição dos alunos nos restaurantes universitários
Fonte: MDS.GOV.BR
Publicado14/10/2015 15h00,



Brasília – A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) abriu chamada pública para adquirir produtos da agricultura familiar. Os alimentos vão compor as refeições oferecidas em dois restaurantes universitários. A compra de 62,4 toneladas de produtos será feita por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O investimento previsto para a compra é de aproximadamente R$ 600 mil.

Na lista de alimentos estão frutas, verduras, hortaliças, laticínios, doces e grãos. A prioridade de compra será para organizações da agricultura familiar e para produção de orgânicos. Os interessados devem apresentar a documentação para habilitação e proposta de venda na até o dia 28 deste mês, na sede da Fundação de Apoio Universitário (Rua Marcílio Dias nº 939, em Pelotas). A entrega dos alimentos nos restaurantes começa em novembro.

Para acessar o edital da chamada pública, clique aqui.

Saiba mais:

Quem compra
As compras são permitidas para quem fornece alimentação, como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários, refeitórios de creches e escolas filantrópicas, entre outros.

Quem vende
Agricultores e agricultoras familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades indígenas, comunidades quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). As cooperativas e outras organizações que possuam DAP Jurídica também podem vender nesta modalidade, desde que respeitado o limite por unidade familiar.

Execução
Até o momento, aproximadamente 60 organizações da agricultura familiar já venderam R$ 97,4 milhões em produtos na modalidade. Pela modalidade, cada família pode vender R$ 20 mil por ano, por órgão comprador, independente dos fornecedores participarem de outras modalidades do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os principais produtos comercializados são itens de hortifruti, grãos, laticínios e orgânicos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O que vai no sorvete de morango? Insetos, vagem e urucum

Tem morango também. Mas o sorvete ganha alguns recursos extras para ficar gostoso e atraente: de cana-de-açúcar a uma praga rural

Fonte: Revista Super Interessante

POR Redação Super
Nathália Braga



O INSETO - Corante Carmim
Suco de inseto. É o resultado da trituração de bichinhos chamados cochonilhas, pragas que estragam plantações. Torná-los fonte de corante é um jeito de controlar a população desses insetos, que cresce rapidamente. A indústria de alimentos usa muito o corante: em biscoitos, iogurtes, balas. Mas é preciso juntar muitos para colorir qualquer coisa. Só para cada bola do seu sorvete, são necessários mais ou menos 40 insetinhos.

A COR DE MORANGO - Urucum
Coloral, na sabedoria popular. É outro corante, extraído da semente do urucum, o fruto de uma planta comum na região amazônica. No sorvete de morango, o urucum é misturado ao carmim vindo da cochonilha para criar a cor rosinha. Em outros alimentos, trabalha sozinho: é usado para deixar salsichas e linguiças com um vermelho mais intenso.

O SABOR DE MORANGO - Acidulante ácido cítrico
Morango sem ser morango. Esse ácido é um dos agentes que se misturam à polpa da fruta para reforçar seu gosto. A fonte desse ácido é bem doce: melaço da cana, liberado na produção de açúcar. O ácido surge quando o melaço é fermentado. Em refrescos em pó, gelatina e refrigerante, serve também para adoçar.

A VAGEM - Goma jataí
Uma gosma extraída de uma vagem. Uma vagem específica, de uma planta típica da costa do Mediterrâneo, chamada alfarrobeira. A alfarroba (como se chama a vagem) tem uma cor marrom, de tom escuro, e se parece com um feijão. Entra no sorvete para deixar a massa mais consistente.

O CREME - Carbonato de cálcio
O parceiro da goma jataí na tarefa de deixar o sorvete mais cremoso. Vindo de conchas, casca de ovo e minerais triturados, é um pó branco rico em cálcio - aquele que deixa nossos ossos mais fortes. É usado para dar mais consistência também a outros alimentos, como biscoitos, pães e a ração que damos a cachorros.

Fontes Kibon; Ana Lúcia do Amaral, coordenadora de engenharia de alimentos / UFRJ; Cinthia Spricigo, professora de engenharia de alimentos / PUC-PR; Eliana Ribeiro, professora de engenheira de alimentos / Instituto Mauá de Tecnologia; Mabel Batista, coordenadora de engenharia de alimentos / UFPB; Maria Inês Harris, membro do Conselho Regional de Química de São Paulo; Valmir Eduardo Alcarde, coordenador de engenharia de alimentos / Unimep.

Comentando a notícia:
Sempre que vejo essas fórmulas fantásticas para fazer um alimento tão simples quanto um sorvete de morango me pergunto, será que as pessoas não ficam preocupadas com toda essa química em seu organismo?
Será que as pessoas realmente acreditam que as Industrias Alimentícias estão preocupadas com a nossa saúde? Será que elas percebem que quase tudo o que comem hoje em dia é processado, pouca coisa viva? 
Que tal pegar alguns morangos, cortar banana em rodelinhas e levar tudo ao freezer. Quando congelar bater no processador ou liquidificador e tomar, prontinho o seu sorvete de morango, difícil? 









terça-feira, 22 de setembro de 2015

Crianças estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos no Brasil

Dados inéditos da USP indicam que entre 2007 e 2014 foram notificadas 2.150 intoxicações somente na faixa etária de 0 a 14 anos de idade; número pode ser 50 vezes maior
Fonte: Rede Brasil Atual - por Cida de Oliveira publicado 04/09/2015 11:18ELIANA DE SOUZA LIMA/EMBRAPA


Adoecimento: é comum a pulverização de veneno sem equipamento de proteção

São Paulo – Crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos. Um estudo do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que entre 2007 e 2014 foram notificadas em todo o país 2.150 intoxicações somente na faixa etária entre 0 e 14 anos de idade. O dado, alarmante, não reflete o real, que pode ser 50 vezes maior. Isso porque de cada 50 casos de intoxicação por esses venenos, apenas um é notificado no serviço de saúde.

Os dados, inéditos, foram apresentados pela professora Larissa Mies Bombardi, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) durante o seminário Impacto dos Agrotóxicos na Vida e no Trabalho, realizado quarta-feira (2) na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Promovido pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, entre outros parceiros que lutam pelo banimento agrotóxicos e das sementes transgênicas no Brasil, o evento integra a programação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que está divulgando a atualização de seu Dossiê Impactos dos Agrotóxicos na Saúde.

Estudiosa do tema, a professora conta que só entre 1999 e 2009, o Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que foram registradas 62 mil intoxicações por agrotóxicos no país.

"São 5.600 intoxicações por ano, 15,5 por dia, uma a cada 90 minutos. Nesse período houve 25 mil tentativas de suicídio com uso de agrotóxico. O dado é alarmante, representando 2.300 casos por ano. São seis por dia”, afirma Larissa, reforçando para o fato que o dado pode ser 50 vezes maior.

Para o presidente do Consórcio de Segurança Alimentar do Sudoeste Paulista e dirigente da Federação da Agricultura Familiar de São Paulo, José Vicente Felizardo, as crianças sempre estiveram expostas a esses venenos no campo, principalmente na plantação de tomates, que predomina em sua região. Ele conta que até o ano 2000 a contaminação na faixa etária entre 5 e 14 anos ocorria durante o trabalho, quando essas crianças manuseavam agrotóxicos, "temperando a calda" – fazendo a diluição. "Eram comuns mortes de crianças", conta.

Conforme ele, as denúncias não surtiam efeito. Até que em 2000 uma criança de 5 anos morreu depois de beber agrotóxico. "Ela estava na roça com a mãe. Bebeu agrotóxico. Conseguimos mobilizar a imprensa, mostrando as embalagens. Desde então, a coisa começou a caminhar."

No entanto, pouca coisa mudou. Segundo Felizardo, crianças pequenas ainda são levadas às roças de tomate pelas mães. "Elas ficam dormindo na sombra enquanto a mãe trabalha. E na hora de pulverizar, a criança é pulverizada junto. Por isso, os números não surpreendem.”

Os venenos afetam também a saúde dos mais velhos. Conforme Felizardo, nos acampamentos de tomate é comum os trabalhadores, ainda adolescentes, desenvolverem depressão e alcoolismo. "Não são raras as tentativas de suicídio, todas sem registro. Na região de Jaú, se a gente ver as pessoas que estão fazendo tratamento de câncer, a maioria está exposta aos agrotóxicos", conta Felizardo.

O dirigente chama ainda a atenção para o assédio, desleal, da indústria do veneno. Em sua região há poucos técnicos. "Se reunir todos os agrônomos do poder público, temos em torno de 40 técnicos para assistência técnica. Uma empresa na cidade vizinha tem, sozinha, 36 agrônomos, cada um com um carro, que sai a cada propriedade vendendo os agrotóxicos. E a cada 15 dias fazem palestra, faz churrasco e bebida e chama os agricultores para fazer propaganda. É muito diferente a atenção. É desleal."

Desde 2009, o Brasil lidera o consumo mundial desses venenos, utilizando sobre suas lavouras um quinto de todo o agrotóxico produzido no mundo. Tamanho consumo está provocando uma verdadeira epidemia, silenciosa e violenta, colocando em risco a vida e saúde dos camponeses, trabalhadores rurais e seus familiares, em contato direto com o produto, e a população da cidade, que consume alimentos cada vez mais encharcados.

Cancerígeno, glifosato não é detectado por testes da Anvisa em alimentos

Em março passado, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o glifosato, presente em herbicidas como o Roundup – um dos mais utilizados no mundo – como cancerígenos prováveis para o homem.

"Porém, a presença do veneno não é avaliada pela Anvisa em seu monitoramento de agrotóxicos nos alimentos", alerta a professora da Universidade Estadual do Rio do Janeiro (Uerj) e pesquisa da Fiocruz Karen Friedrich, que está entre os 44 autores do Dossiê da Abrasco.

De acordo com a Anvisa, as amostras dos alimentos são encaminhadas aos laboratórios, cuja análise é realizada pelo método analítico de “multirresíduos”. O método rápido, utilizado em outros países, analisa simultaneamente diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos em uma mesma amostra.

Porém, esse método não se aplica à análise de alguns ingredientes ativos, como o glifosato, o 24D e o etefon, entre outros, que demandam metodologias específicas e onerosas. Considerando o cenário atual relativa à larga utilização do glifosato e de reavaliação deste ingrediente ativo, a Anvisa está trabalhando para pesquisar o glifosato em algumas culturas agrícolas a partir de 2016, principalmente nas transgênicas e nas culturas em que ocorre o uso como dessecante antes da colheita.

Segundo Karen, isso é grave, já que os alimentos podem conter doses elevadas do veneno. "Se não há limite de segurança, ou seja, o agrotóxico é nocivo à saúde em qualquer quantidade, imagine em grandes doses." Segundo a própria Anvisa, 70% dos alimentos têm agrotóxicos, alguns deles com quantidades bem acima do tolerado.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Danone, Nestlé e Yakult são denunciadas por testes cruéis com animais


Fonte: ANDA



Beagles, ratos e leitões foram usados em testes.

Cães domésticos, ratos e porcos estão sendo expostos à radiação, alimentação forçada e implantação de tubos em órgãos internos durante experimentos cruéis feitos por gigantes da indústria alimentícia.

Danone, Nestlé e Yakult foram denunciadas por realizarem experimentos em animais inocentes, com objetivo de conseguirem novas formas de fazer dinheiro com produtos já existentes no mercado.

Em um exemplo “doentio”, os cientistas que trabalham para a Nestlé testaram em seus próprios cães uma redução alimentar com 25% das suas necessidades energéticas e foram injetados com glicose.

A pesquisa, que foi publicada em artigos médicos entre 2014 e 2015, envolveu alimentação forçada, radiação, dietas restritivas e implantação cirúrgica de tubos. Os animais eram mortos frequentemente no final dos experimentos.

Ativistas de direitos animais agora pedem ao público um boicote à Danone, Nestlé e Yakult, para que o sofrimento animal acabe.

A Dra. Katy Taylor, diretora científica da Cruelty Free International, disse: “O público ficaria chocado ao saber que marcas famosas e conhecidas estão envolvidas em experimentos doentios com animais.”

“Provar que estes produtos ajudam a resolver problemas de saúde induzidos artificialmente em animais não significa que eles vão ter os mesmos efeitos em seres humanos, e isso pode ser enganoso para os consumidores.”

“Alguns destes testes utilizam produtos já existentes no mercado. Acreditamos que não há razões para que voluntários e consumidores humanos não estejam envolvidos na avaliação dos efeitos na saúde destes produtos em situações da vida real.”

Os pesquisadores da Yakult trabalharam intensivamente na Coreia do Sul alimentando camundongos sem pelo de 5 semanas de idade com bactérias probióticas, uma hora antes de serem expostos à radiação de luz ultravioleta, a uma distância da pele de apenas 12,7 cm.

O procedimento excruciante foi repetido três vezes por semana durante 12 semanas, e a dose de radiação aumentava à medida que o tempo passava.


Leitões, como estes da foto, tiveram tubos inseridos em seus intestinos em testes da Danone.

Os ratos desenvolveram rugas profundas e, em seguida, foram mortos para que a pele pudesse ser removida e examinada.

Quando questionado pelo Express.co.uk sobre os experimentos, um porta-voz da Yakult disse que os estudos não foram realizados com os produtos vendidos no Reino Unido. Mas a Cruelty Free International disse que essa afirmação é “falaciosa”, uma vez que os lucros do mundo inteiro podem ter sido utilizados para financiar a pesquisa.

A Nestlé restringiu a alimentação de 18 beagles que tinham excesso de peso, em uma dieta intensa de 6 meses para testar a versão da Purina [ração da empresa] de baixa caloria. Enquanto comiam 25% de suas necessidades energéticas, eles eram sujeitos à injeções de glicose e coleta regular de sangue.

A Nestlé também privou a alimentação de ratos por 23 horas, para ver se a canela poderia ser utilizada para tratar a obesidade em seres humanos. E então, os pesquisadores forçavam uma alimentação à base de canela através de um tubo colocado goela abaixo.

Em uma segunda experiência, 60 ratos foram alimentados com uma dieta rica em gordura, durante 10 semanas, para torná-los obesos após passarem por uma dieta contendo extrato de canela por mais 36 dias. No final da experiência, os ratos foram alimentados forçadamente com glicose, antes de serem submetidos a repetidas coletas de sangue por um período de duas horas. Todos os ratos foram sacrificados e seus órgãos dissecados.

Um porta-voz da Nestlé disse: “Os testes em animais são, com razão, um motivo de preocupação pública, e só deveriam ocorrer em absoluta necessidade de demonstração de segurança, como parte do processo de regulamentação para a comercialização de um produto.”


Ratos, como esses da imagem, foram irradiados com o objetivo de verificar se as bactérias probióticas afetam o envelhecimento.

Segundo o porta-voz, “A Nestlé não faz testes em animais para desenvolver nossos produtos alimentares e bebidas convencionais, tais como café, chá, cereais e chocolate, que têm sido parte da nossa dieta por muitos anos.”

“Quando as autoridades competentes exigem de nós esse tipo de teste, para a demonstração da segurança e comercialização de alimentos com ingredientes ou produtos farmacêuticos e dispositivos dermatológicos, cumprimos todos os regulamentos e normas aplicáveis.”

O porta-voz acrescentou que a Nestlé apenas faz testes “necessários” e que está desenvolvendo novos métodos científicos que reduzam o número de animais usados em experiências.

Ele ainda afirmou: “Onde a experimentação animal é necessária, nós levamos muitos a sério nossa responsabilidade ética em relação ao tratamento dos animais, incluindo locação adequada, nutrição, cuidados e tratamento humano.”

Defendendo o uso dos beagles, o porta-voz disse que está comprometido a ajudar os animais obesos a “viverem vidas mais felizes e saudáveis”; a obesidade afeta mais da metade dos gatos e cães domésticos.

E ainda disse: “Os cães deste estudo nutricional são nossos animais de estimação e permaneceram sob nossos cuidados em tempo integral antes, durante e depois do estudo. Realizamos apenas os procedimentos que são adequados para cães e gatos e que sejam consistentes com a excelência em cuidados veterinários.”

A Cruelty Free International disse que é “inadequado” chamar tais beagles de animais de estimação, uma vez que são mantidos em ambiente laboratorial com acesso limitado ao ar livre e um proprietário amoroso. A ONG afirmou que os cientistas da Danone que queriam descobrir qual fórmula para bebês era de mais fácil digestão, em comparação com os outros produtos encontrados no mercado, poderiam facilmente encontrá-la ao avaliar a alimentação dos bebês e suas reações clínicas. Ao invés disso, os cientistas que trabalham para a Nutricia Research implantaram tubos intestinais em oito leitões de 2 semanas de idade. Eles foram alimentados à força 4 vezes ao dia durante 6 dias, e então os cientistas recolhiam amostras a partir dos tubos. Um leitão morreu logo após a cirurgia e outro teve que ser excluído da experiência porque seu tubo começou a vazar. Não se sabe o que aconteceu com os leitões após esses testes.

Fonte: Holocausto Animal.

Professor de Campinas reúne estudos sobre toxidade de produtos Herbalife

Fonte: Cartacampinas


Pesquisas desenvolvidas em diferentes países e agrupadas no estudo do professor Lázaro Nunes, da instituição Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas (Metrocamp), mostram a relação entre produtos da Herbalife e problemas no fígado. Foram identificadas complicações como a hepatite tóxica e deficiências na coagulação do sangue.

O estudo analisou seis produções científicas de diversos países, entre eles Israel, Suíça, Espanha, Alemanha e Islândia, que relatam casos de 33 pessoas com problemas no fígado decorrente do consumo de produtos da Herbalife, entre 1999 e 2010.

A alteração mais preocupante, de acordo com o estudo, foi a apresentação de sintomas de hepatite tóxica, que pode ocorrer pela ingestão de alimentos, suplementos ou medicamentos que possuam toxinas que afetam o órgão.

Um dos estudos analisados mostrou que houve elevação de até 58 vezes na quantidade da enzima do fígado ALT (Alanina aminotransferase) e de 267 vezes, da AST (Aspartato transaminase), ambas enzimas do fígado. Os números são um comparativo em relação ao padrão de uma pessoa saudável. Nos outros estudos, o aumento foi de, no mínimo, 10 vezes ao valor de referência para pessoas saudáveis.

Nunes explica os efeitos observados em relação ao consumo da marca. “Quando alguém está tomando um suplemento ou um alimento que faça com que o fígado fique sobrecarregado e tenha uma lesão, essa pessoa vai ter dificuldades de eliminar todos esses componentes do organismo e pode sofrer, por exemplo, a icterícia, que é quando a pessoa fica amarela por excesso de bilirrubina no sangue”, explicou. A icterícia é popularmente conhecida como amarelão.

Segundo o pesquisador, não há produção científica sobre o tema no Brasil, mas ele aponta que os dados internacionais já servem de alerta. “Não encontramos estudos realizados no Brasil, o que não quer dizer que estes casos não tenham ocorrido aqui também”, declarou.

O professor explica que o fígado controla a taxa de glicose no sangue, sintetiza proteínas e elimina substâncias tóxicas do organismo. “Se uma pessoa tem alguma lesão hepática, ela pode ter dificuldades de coagulação e corre risco de sangramentos internos”, explica. Ele ressalta que o consumo destes produtos somados à predisposições à doenças no fígado podem colaborar para o desenvolvimento de complicações.

Herbalife

Procurada pela reportagem, a empresa informou, em nota, que nenhuma hepatotoxina foi descoberta em seus produtos. “Nenhuma autoridade governamental encontrou, ao longo dos mais de 30 anos de operação da empresa e após mais de 25 investigações envolvendo relatos de casos, alegando hepatoxicidade, qualquer razão para que fossem tomadas medidas regulatórias contra a Herbalife”, apontou. A companhia afirmou que possui licença de órgãos competentes e “que seguem padrões rigorosos de qualidade”.

A nutricionista Beatriz Carvalho, presidenta do Conselho Regional de Nutrição de Minas Gerais, avalia que este tipo de suplemento prejudica não só a saúde do consumidor, mas toda a cadeia alimentar da população. “Defendemos a soberania alimentar do povo, que incluí uma alimentação saudável, baseada em alimentos reais [sem processamento] e que valorizem a diversidade natural do Brasil. Além disso, promove uma saúde que vai além da alimentação, porque promove a saúde cultural de um povo, que se expressa pela cultura de alimentos”, explica.

O Guia Alimentar Para a População Brasileira de 2014, do Ministério da Saúde, orienta a redução máxima consumo de produtos hiperindustrializados, [alimentos que perdem suas características após serem processados, por exemplo, biscoitos, chips].

“O país saiu do mapa da fome, mas tivemos uma inversão. Hoje mais de 50% dos adultos estão no sobrepeso. E o que levou a isso? As pessoas foram ganhando peso através da alimentação industrializadas e grandes quantidades de açúcar. Ninguém ganha peso comendo um prato de arroz”, avaliou a nutricionista.

Para Beatriz, a alimentação vai além dos nutrientes. “Uma cápsula com nutrientes, a indústria é capaz de produzir, mas isso não é saúde. A gente não pode ficar refém de tudo o que a indústria propõe. Nos alimentos, há tudo que é necessário para uma vida saudável” completa. (Do SaúdePopular)

domingo, 6 de setembro de 2015

Alimentação da criança brasileira é preocupante, aponta estudo

Estudo inédito do Ministério da Saúde revelou que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos

POR: A Crítica. Net
DA REDAÇÃO



Ilustração

Estudo inédito do Ministério da Saúde revelou que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial.

Este é o terceiro volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que traz medidas inéditas da população do país, como peso, pressão arterial e circunferência da cintura. Além das mudanças nos hábitos alimentares na infância, os dados alertam para os crescentes índices de excesso de peso e obesidade em adultos.


Nota do Blog Alimento Puro sobre a matéria: é urgente uma mudança na visão que se tem sobre alimentação infantil, precisamos deixar de lado pensamentos "come... é só um, ele vai ficar aguado, você está criando essa criança como um ET, etc...." Estamos vivendo na pele os problemas de uma alimentação errada, açucarada, cheia de aditivos e corantes, porque então plantar esse mesmo futuro para nossos filhos? Mudar dá trabalho sim, não porque as crianças não entendam, elas são muito mais abertas às mudanças do que nós, mas porque você tem que mudar junto, você é o exemplo que ela vai seguir. Vale a pena investir na saúde de seu filho? Então mãos à obra.

domingo, 30 de agosto de 2015

Mulher cria restaurante orgânico em triciclo 'na contramão de food trucks'

Fran Lodde, de 37 anos, deu outra função a triciclo parado em casa.
Veículo carrega alimentos orgânicos e artesanais por ruas de Piracicaba.
Do G1 Piracicaba e Região


Fran Lodde é uma das idealizadoras da Casa Nômade em Piracicaba (Foto: Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

A publicitária Fran Lodde, de 37 anos, não sabia andar de bicicleta e tinha um triciclo parado em casa. A falta de habilidade não impediu que que ela desse nova função ao veículo e, junto com outras duas parceiras, criou o projeto Casa Nômade, que comercializa alimentos orgânicos e artesanais pelas ruas de Piracicaba (SP).

Ela diz que a ideia "não surgiu com a moda" dos foodtrucks e foodbikes e sim com o objetivo de valorizar o pequeno produtor e a alimentação natural.

"Eu não sei andar de bike e ainda sinto dificuldade de utilizá-la na cidade, por conta do trânsito cada vez mais caótico e da falta de ciclovias e ciclofaixas", afirmou. E ela rejeita o termo da moda "food bike" devido às características dos alimentos que vende.

Publicitária transforma triciclo em food bike
em Piracicaba (Foto: Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

Parceiras
Fran, Carolina Perencin, de 28 anos, e Mariana Pedrozo, de 32, são integrantes de um coletivo de fomento de cultura e sustentabilidade de Piracicaba (SP).

A ideia do triciclo partiu de Fran, mas 'avançou' com a ajuda das amigas, que ajudam como voluntárias durante os eventos embulantes.

O projeto se concretizou há cerca de dois meses e já ganhou espaço nas ruas da cidade.

Sem agrotóxicos
"Fomos ao serralheiro artístico, amigo nosso, e transformamos o tricículo em uma food bike", contou Fran, que garante: "Não nos espelhamos na moda do food truck. Nossa ideia é outra", ressaltou.

A "ideia", segundo ela, é aproximar o produtor rural com o consumidor. Todos os pratos do cardápio são elaborados com alimentos colhidos direto da roça e sem agrotóxicos.

"O cardápio é preparado de acordo com os alimentos que os produtores nos repassam, de forma a respeitar o tempo de colheita", ressaltou Fran. “A intenção é valorizar os produtores locais, a agricultura familiar e fortalecer a cultura da alimentação orgânica, mais saudável e consciente", explicou.
Pratos são preparados com alimentos colhidos direto da roça (Foto: Cada Nômade/ Divulgação)

Produtora rural
Dona Lourdes, do sítio São Benedito, em Piracicaba, é uma das produtores rurais que fornece alimentos diretos da roça para a food bike.

"Toda semana, ela informa o que vai produzir e nos preparamos as receitas. Privilegiamos produtos cada vez mais integrais e orgânicos, sem glutén ou açúcar, mas que sejam saborosos, combinando paladar e nutrição", disse.

Brigadeiro de gengibre com laranja, cacau e erva cidreira faz sucesso (Foto:Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

Cardápio
Essa aproximação entre quem fornece e quem consome se deu por meio da parceria com uma outra iniciativa voluntária, já consolidada e realizada no coletivo.

Atualmente, a food bike fica estacionada na Rua Luiz de Queiroz, em um ponto turístico, de maneira formalizada junto à Prefeitura. Ela oferece cardápio variado com bolos, brigadeiros, charutos recheados, sucos, risotos, pães e empanadas. Os preços vão de R$ 4 a R$ 15. Um dos pratos preferidos dos clientes do tricículo são os brigadeiros de gengibre com laranja, cacau e erva cidreira.

Triciclo comercializa pratos artesanais e orgânicos em Piracicaba (Foto: Casa Nômade/Divulgação)

Hungria queima todos as Plantações de Transgênicos da Monsanto

Fonte: Controvérsia
POSTED BY: CLAUDIO PALACIO 22/08/2015

Na Hungria está proibida a entrada e comercialização de sementes transgênicas (OGM ou Organismos Geneticamente Modificados) da Monsanto e é responsabilidade dos próprios comerciantes vigiar que suas sementes não estejam contaminadas. Por isso, quando são encontradas plantas contaminadas, deve-se destruir todo o campo.

Os agricultores húngaros, ao perceber que as sementes transgênicas foram misturadas com as normais sem seu consentimento, decidiram queimar mil hectares de plantações de milhos de sementes transgênicas da Monsanto.

Por sorte, com esta ação foi evitada a contaminação de outros cultivos. Pelo menos, assim declarou o secretário de estado adjunto do Ministério do Desenvolvimento Rural, Bognar Lajos.

Em 2013, grandes cultivos de milho transgênico foram também destruídos, de acordo o site Global Research.

Já é conhecida, no mundo da agricultura, a estratégia que possui a corporação Monsanto, de contaminar as sementes normais com as suas modificadas, e assim cobrar patentes correspondentes. Por isso foi proibido a entrada de sementes em vários setores, já que além da polinização, contaminam outros campos.

Em grande escala, a polinização da semente transgênica é um golpe mortal para a agricultura livre que está protegida em países como a Hungria. Isso, ao menos por soberania, deveria ser respeitado pela corporação.

Participe da discussão no Fórum Notícias Naturais.
Fonte: http://www.noticiasnaturais.com/

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Polêmica Canola X Coco. É só pensar!!!!

Esta semana foi um "auê" nas redes sociais por causa de uma reportagem feita em um conhecido programa de TV que já tem fama de causa mal estar em pessoas e profissionais engajados em uma alimentação mais consciente e saudável. Lembra do médico que recomendava shakes e depois descobriram que ele fazia parte do quadro médico de uma conhecida Indústria de Sakes????

O dito programa apresentou uma posição polêmica, que o óleo de Canola era o melhor, muiiiiito melhor que o óleo de coco e o azeite.

Pensemos "bem basiquinho": se eu espremer a azeitona tenho azeite, se espremer o coco tenho o óleo, assim como todas as oleaginosas. Agora me digam se eu encontrasse uma canola (planta, semente, existe, me mandem uma foto por favor?) sai óleo? 

Isso sem contar que a famosa Nutri que conduzia a reportagem  presta serviços para a Purilev - marca da Cargill para vender, adivinhe só: Óleo de Canola. E viva o Google !!!




Gente vamos começar a pensar sobre nossa alimentação para não cair nas armadilhas de indústria alimentícia/ farmaceutica (porque será que são as mesmas, não é?) Vc come aqui e fica doente ali, simples assim.

Se formos consciente não cairemos em coisas como: 

  • margarina é melhor que manteiga, 
  • leite de caixinha, 
  • pães com mil sementes, 
  • suco que não tem fruta e outras aberrações dos produtos industrializados, que nunca foram alimentos. 
Quer ver dar água na boca?












quinta-feira, 13 de agosto de 2015

DF tem 1º frango orgânico da região


Produçao é complexa e inclui até tratamentos preventivos

Animal foi criado sem uso de nenhum produto sintetizado
Foto: divulgação

Produçao é complexa e inclui até tratamentos preventivos
Há 16 anos, o casal Carlos Gilberto Gonçalves Caetano e Eliana Rodrigues comprou a Fazenda Cantão da Lagoinha, esperando o dia em que ambos sairiam do mercado financeiro para se dedicar ao agronegócio. 

Há três anos, esse dia chegou e eles partiram para o trabalho em que acreditam: a produção orgânica. Hoje, o empresário tem a honra de ostentar um título único: tornou-se o primeiro produtor de frango orgânico certificado do Distrito Federal e da Região Centro-Oeste.

Na área de 165 hectares, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno, eles, inicialmente, criaram um ambiente favorável ao desenvolvimento dos orgânicos, plantando árvores do cerrado e constituindo um ambiente diversificado.  “Frango orgânico é aquele que criado sem o uso de nenhum produto sintetizado pelo homem, fora vacinas”, explica o produtor. “Para conseguir esse resultado, é preciso atuar em toda a produção, como fazemos em nossa propriedade”, completa.


A complexidade da produção inclui a alimentação das aves, os tratamentos preventivos contra enfermidades e o processamento. “Não posso usar nenhum produto sintético nos ingredientes da ração que alimenta as aves. Elas comem principalmente farelos de soja e milho, ambos orgânicos, mais micronutrientes minerais, como cálcio, ferro e sal marinho”, diz o produtor.                

Coca Cola sob fogo por financiar estudos que desvalorizam os riscos da má alimentação


Fonte: Diário de Notícias
por Bárbara Cruz


Fotografia © Arquivo DN

Companhia terá pago mais de 5,5 milhões de dólares a cientistas para que transmitissem à opinião pública que a culpa da obesidade é do sedentarismo, e não de uma dieta pouco saudável.

Começou tudo no domingo passado, com um artigo publicado no New York Times: a Coca Cola, maior produtora mundial de refrigerantes, foi acusada de financiar estudos que apresentam uma nova solução para combater a epidemia de obesidade que alastra a nível mundial. Na prática, para manter um peso saudável - defendem os investigadores cujos trabalhos foram patrocinados pela Coca Cola - importa mais fazer exercício do que cortar nas calorias.

A Coca Cola, refere o New York Times, conseguiu estabelecer parcerias com cientistas influentes nos Estados Unidos da América, e são eles quem tem passado a mensagem de que é o sedentarismo, e não a má alimentação, o principal responsável pela obesidade. Para fornecer apoio logístico e financeiro a estes investigadores, a empresa apoia uma organização sem fins lucrativos, chamada Global Energy Balance Network, que tem promovido a ideia de que os americanos preocupados com um estilo de vida saudável estão mais fixados nas quantidades de comida e bebida que ingerem, quando deviam realmente preocupar-se com o exercício físico.

Já os cientistas do outro lado da barricada garantem que esta mensagem é errada e faz parte da estratégia da Coca Cola para desvalorizar o papel que tem sido atribuído aos refrigerantes no aumento da obesidade e da diabetes tipo 2. Garantem que a empresa está a usar a organização sem fins lucrativos para convencer a audiência de que a atividade física pode compensar uma alimentação pouco saudável, ainda que já tenha ficado provado que o impacto do exercício na saúde é menor quando comparado com alterações na dieta habitual.

A polémica surge numa altura em que, tanto nos Estados Unidos como noutras regiões do globo, se verifica um esforço da comunidade médica e científica para incentivar a aplicação de taxas sobre os refrigerantes. Em Portugal, o diretor do Programa Nacional para a Diabetes já veio defender que as bebidas com elevado teor de açúcar devem ter uma referência aos malefícios que provocam, "tal como acontece para o tabaco e devia existir para o sal". A posição de José Manuel Boavida vai no sentido das recomendações que a Assembleia da República aprovou recentemente, no sentido da adoção de medidas de prevenção, controlo e tratamento de diabetes. Estas medidas visam, sobretudo, limitar o consumo de bebidas e outros alimentos açucarados aos menores de idade, impondo limitações também nos anúncios dirigidos às crianças.

Ao New York Times, Michele Simon, uma advogada na área da saúde pública, disse que a estratégia da Coca Cola é uma "resposta direta" às perdas da companhia. A Coca Cola fez, por outro lado, um investimento substancial na nova associação sem fins lucrativos: só no ano passado, para formalizar a Global Energy Balance Network , a empresa deu 1,5 milhões de dólares - cerca de 1,3 milhões de euros.
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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Azeite, milho ou canola? Pesquisa identifica óleos mais saudáveis para cozinhar


Fonte: BBC -1 agosto 2015


Qual é o melhor óleo para cozinhar? Pesquisadores de uma universidade britânica analisaram cinco tipos para determinar qual seria o mais saudável

Escolher o óleo certo para cozinhar não é fácil.

Quando o assunto é gorduras e óleos, temos dezenas de opções disponíveis e é complicado saber qual delas será a "mais saudável". As prateleiras dos supermercados têm de tudo. E, nos dias de hoje, apesar de termos mais informações, elas muitas vezes se confundem, porque há muito debate sobre os benefícios e os danos que podem vir do consumo de diferentes tipos de gordura.

Na série da BBC Trust Me, I'm a Doctor perguntamos: "Quais tipos de gordura e óleo são os melhores para cozinhar?"

Você pode pensar que é óbvio que frituras feitas com óleo vegetal são mais saudáveis do que se fosse feitas com óleo animal, como banha ou manteiga.

Mas será?

Para descobrir isso, demos a alguns moradores de Leicester, na Inglaterra, uma variedade de gorduras e óleos e pedimos aos voluntários para usarem todos eles. Também pedimos aos voluntários que guardassem o que sobrasse do óleo para podermos analisar.

As gorduras e óleos usados foram: óleo de girassol, óleo vegetal, óleo de milho, óleo de canola, azeite, manteiga e banha animal.

Depois de usadas para cozinhar, foram coletadas amostras dos óleos e das gorduras e enviadas para a Leicester School of Pharmacy na Universidade de Leicester, onde o professor Martin Grootveld e sua equipe fizeram um experimento paralelo onde eles aqueceram de novo os mesmos óleos a temperaturas altas para fazer frituras.

Quando você está fritando ou cozinhando em uma alta temperatura (próximo de 180°C), as estruturas moleculares de gorduras e óleos mudam. Acontece o que chamamos de oxidação – elas reagem com o oxigênio do ar formando aldeídos e peróxidos de lipídio. Na temperatura ambiente, algo semelhante acontece, mas de maneira muito mais lenta. Quando lipídios se decompõem, eles se tornam oxidados.

O consumo de aldeídos, mesmo que em pequenas quantidades, tem sido relacionado a um risco de doenças do coração e câncer. Então o que Grootveld e sua equipe descobriram?

"Descobrimos que os óleos que eram ricos em poliinssaturados – o de milho e o de girassol – geravam altos níveis de aldeídos."

O resultado foi surpreendente, já que muita gente pensava que o óleo de girassol era o mais "saudável".



Manteiga e banha animal são melhores que óleos de girassol ou de milho para frituras

"Óleo de girassol e de milho são bons", diz o professor Grootveld, "desde que você não submeta eles ao calor, como ao fritar alimentos ou ao cozinhar algo. É um fator químico simples faz com que algo que é visto como saudável para nós se converta em algo que faz mal quando é submetido a temperaturas mais altas."

Comentário do Blog: aqui não foi levado em conta que o milho hoje é quase 90% transgênico. Nem que a Canola já´é transgênica por natureza.

O azeite e o óleo de canola produziram muito menos aldeídos, assim como a manteiga e a banha animal. O motivo é que esses óleos são ricos em ácidos graxos monoinsaturados e saturados, que são muito mais estáveis quando submetidos ao calor. Na verdade, gorduras saturadas raramente passam pelo processo de oxidação.

Segundo Grootveld, o melhor óleo para fritar e cozinhar é o azeite. "Primeiro porque esses compostos tóxicos são gerados em baixa quantidade e segundo porque os compostos que são formados são menos maléficos para o corpo humano."

A pesquisa dele também sugere que, quando o assunto é cozinhar ou fritar, manteiga ou banha animal são mais indicadas do que óleo de girassol e de milho.

"Se eu tivesse escolha entre banha e polinsaturados, eu optaria pela banha sempre."

A banha animal, apesar de ter uma reputação de "não saudável", é, na verdade, rica em gorduras monoinsaturadas.

O estudo também revela outros aldeídos identificado na análise das amostras enviadas para a universidade que ainda não haviam aparecido em outros experimentos com óleos.

"Nós descobrimos algo novo para a ciência aqui. Nunca tínhamos visto isso, estou impressionado."

Os voluntários provavelmente não ficariam muito felizes ao descobrir que o óleo que usaram para cozinhar gerou tantos compostos tóxicos.

O conselho final de Grootveld é, primeiramente, evitar frituras, especialmente aquelas em temperaturas muito altas. Se você estiver fritando algo, tente usar o mínimo possível de óleo e tente remover todo o óleo do alimento após a fritura usando uma toalha de papel, por exemplo.

Para reduzir a produção de aldeídos, opte por um óleo ou gordura que sejam ricos em lipídios monoinsaturados ou saturados (preferencialmente 60% para um ou outro) e mais de 80% para os dois juntos), e que sejam pobres em polinsaturados (menos de 20%).

O professor acredita que o "óleo ideal" para cozinhar seja o azeite, porque "tem 76% de lipídios monoinsaturados, 14% saturados e apenas 10% polinsaturados".

E, nesse caso, o azeite não importa se o azeite é "extra virgem" ou não. "Os níveis antioxidantes presentes em produtos extra virgem são insuficientes para proteger contra a oxidação induzida pelo calor."

O último conselho é manter sempre o óleo guardado longe da luz e não reutilizá-lo, já que isso também leva ao acúmulo de substâncias ruins.

Escolher o óleo certo para cozinhar os alimentos pode evitar riscos de doenças coronárias

Sobre gorduras:
Gorduras polinsaturadas: contêm duas ou mais ligações carbono-carbono. Em alimentos como sementes, peixes, folhas verdes e nozes, podem trazer vários benefícios para a saúde. No entanto, os benefícios advindos do consumo de óleo de girassol e de milho, apesar de ricos em poliinstaturados, ainda não estão tão claros.
Óleos monoinsaturados: contêm apenas uma ligação dupla carbono-carbono. São encontrados em abacates, azeitonas, azeite, amêndoas e avelãs e também em banha animal. O azeite, que tem aproximadamente 76% de monoinsaturados, é um dos principais elementos da dieta mediterrânea, que tem se mostrado muito efetiva para reduzir o risco de doenças do coração.
Gorduras saturadas: não têm ligação dupla de átomos de carbono. Apesar de especialistas indicarem o consumo desse tipo de gordura, recentemente os benefícios dela e de outras gorduras derivadas de animais têm sido questionados.

O corante cochonilha é usado em vários produtos alimentícios, vamos ver como faz?



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