terça-feira, 30 de agosto de 2016

Audiência pública une atores para novo Fórum Paulista de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos

Fonte: AAO - Associação da Agricultura Orgânica - 30/08/2016 17:23



A gravidade dos impactos decorrentes do uso de agrotóxicos e os instrumentos para a atuação da sociedade sobre o tema ficaram claros na Audiência Pública “Exposição aos agrotóxicos e gravames à saúde a ao meio ambiente”, realizada em 29 e 30 de agosto na Faculdade de Saúde Pública da USP.

Uma variedade de atores do Ministério Público Federal, Conselho de Secretários Municipais de Saúde, pesquisadores e representantes das organizações que atuam em prol da agroecologia, como a AAO – Associação de Agricultura Orgânica reafirmaram o compromisso de trabalhar por um novo modelo produtivo, que não implique em danos à saúde e ao meio ambiente como os do atual o modelo do cultivo monocultor, baseado no uso de agrotóxicos e substâncias químicas.

E como principal resultado do encontro, foi criado o pioneiro Fórum Paulista de Combate ao Impacto dos Agrotóxicos e Transgênicos, com representantes de diversas entidades e regiões do Estado, o qual irá fiscalizar a atuação do legislativo e buscar compromissos do poder público para uma verdadeira segurança alimentar e nutricional,

“Estamos vivendo hoje uma ‘guerra tóxica’ e como cidadãos devemos nos responsabilizar pelo que está acontecendo, buscando divulgar os dados aqui expostos, participar politicamente das decisões e, finalmente, buscar a alimentação sem agrotóxico. Por que nos alimentamos sempre segundo os padrões internacionais, por que não buscamos a riqueza de nossa biodiversidade?”, indagou Susana Prizendt, do MUDA-SP e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida.

Entre os estudos apresentados, foi possível saber que há presença preocupante de glifosato, substância comprovadamente cancerígena, na água do abastecimento da população. Aliás, pesquisas mostraram que há uma epidemia de câncer no país, com cerca de 600 mil novos casos em 2016, sabendo-se que 90% deles têm causas ambientais e não genéticas.

A professora Marcia Sarpa de Campos Melo, da Unidade Técnica da Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer do INCA, mostrou a relação direta entre agrotóxicos e queda de imunidade, com alterações celulares que levam à depressão e outros problemas sérios de saúde.

Desde 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, em um mercado que movimenta cerca de R$11 bilhões de reais por ano no mundo.
Categoria(s): Agrotóxicos

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Anvisa suspende lote de achocolatado após morte de criança


Parece que as coisas não andam muito bem para a turma dos achocolatados industrializados. Primeiro foi o Todynho com a bactéria e agora o Itambezinho. E agora com uma criança como vítima. Vamos repensar a alimentação das crianças pelo amor de Deus.

Nunca vou cansar de falar que nada como leite de verdade (nada de caixinha que também vive contaminado) com cacau e açúcar mascavo. Não quer leite, faz um leite vegetal, não quer açúcar acrescenta banana que adoça naturalmente. Bate no liquidificador e põe num copo bem bonito. Providencie uns canudos bem legais e faça a festa da criançada.

Não se convenceu ainda? Então leia os ingredientes dos achocolatados e veja a quantidade de aditivos químicos que tem neles.

Nicolas Gunkel, de EXAME.comSiga-me

São Paulo - A Anvisa determinou nesta segunda-feira (29) a interrupção preventiva do comércio e o recolhimento de um lote da bebida láctea Itambezinho, sabor chocolate, 200ml, fabricado pela Itambé Alimentos S/A.

O produto, que pertence ao lote MA: 21:18, deve ser retirado por ao menos 90 dias das prateleiras dos supermercados brasileiros, enquanto a agência apura possíveis irregularidades.

A medida, que consta na Resolução 2.333/2016, foi tomada após a morte de uma criança que ingeriu o produto em Cuiabá, em Mato Grosso, na semana passada.

Segundo a agência, a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) está apurando as causas da morte e também trabalha com a suspeita de envenenamento provocado por terceiros.

Tópicos: Anvisa, Saúde no Brasil, Comércio, Itambé

sábado, 27 de agosto de 2016

A Péssima Alimentação nas Escolas e Hospitais


Fonte: Medicina do Estilo de Vida

03/12/2009 Por Dr. Alexandre Feldman · (Última Atualização: 17/10/2014)

Alimentação nas Escolas e Hospitais é Repleta de Industrializados




Escolas são lugares frequentados por crianças em fase de crescimento e desenvolvimento. A alimentação nas escolas precisa ser a mais densa em nutrientes possível, uma vez que será incorporada ao cérebro e todo o corpo de crianças, seres humanos em fase de desenvolvimento físico e mental, muito sensíveis a tudo aquilo que pode alterar seus hormônios, neurotransmissores e células como um todo.

Hospitais são lugares frequentados por indivíduos (inclusive crianças) doentes. A alimentação dos hospitais precisa ser a mais nutritiva possível, a fim de ajudar o organismo doente a se regenerar.

Tanto escolas quanto hospitais deveriam se preocupar ao máximo em oferecer a alimentação mais saudável possível para seus frequentadores. Alimentação nas escolas, assim como nos hospitais, é uma questão essencial – literalmente de vida ou morte.

Com tantas notícias ambíguas sobre o que é uma alimentação saudável, uma coisa é unânime para a ciência: alimentos industrializados, aditivos químicos, corantes, conservantes, emulsificantes, aromatizantes, estabilizantes, adoçantes artificiais, açúcar branco, farinha refinada e óleos oxidados não são saudáveis. Definitivamente.

E é exatamente uma alimentação baseada nos produtos acima que as escolas e hospitais oferecem: a alimentação das escolas e hospitais está repleta de bolos, bolachas, milk-shakes “químicos”, coberturas, doces de toda sorte, sucos industrializados, alimentos à base de farinha branca e açúcar refinado, ingredientes como óleos oxidados, aditivos químicos, conservantes etc.


Como é que uma escola pode ter a meta de formar indivíduos bem-sucedidos, se para ser bem-sucedido você precisa antes de mais nada ser saudável, e para ser saudável você precisa aprender a se alimentar?!!! As escolas são, ou deveriam ser, locais onde se aprende não apenas “disciplinas curriculares para passar no vestibular”, mas muito mais sobre como navegar pela vida da forma mais saudável e menos agressiva possível ao meio ambiente. Neste sentido, uma cultura de boa alimentação nas escolas teria muito a colaborar.

Como é que um hospital pode ter a meta de recuperar a saúde das pessoas, se oferece alimentos industrializados que roubam nossa energia e prejudicam nossa saúde? Como pode a alimentação de hospitais ser repleta de “produtos alimentícios” refinados, desvitalizados, processados industrialmente?

Certa vez, troquei emails com uma nutricionista responsável pelos lanches de uma escola particular de educação infantil e ensino fundamental (considerada “boa” e cara) de São Paulo – lanches estes à base de pão francês, pão de forma, bolachas, carnes embutidas, geleia industrializada, suco industrializado, bolos, caldas, e nem sequer uma fruta fresca. Sabem o que ela escreveu diante do meu questionamento? Que prioriza alimentos naturais e não refinados em seus cardápios! É tão fácil fazer um discurso politicamente correto repleto de palavras frases de efeito! E o pior é que os pais se encantam com essas palavras e frases bonitas, esses chavões do tipo “a escola tem um olhar assim e assim sobre tal e tal tema”, “a escola tem 3 nutricionistas a cargo da alimentação” (como se isso fosse garantia de alimentação isenta de industrializados e refinados, óleos e gorduras vegetais oxidados, bebidas açucaradas etc).

Claro que todas as nutricionistas competentes que conheço ficaram tão indignadas quanto eu, quando mostrei a elas o email com essas afirmação associada àquele cardápio de lanches escolares.

Ora, a ingestão de “calorias vazias”, como as que enumerei acima, rouba do organismo das nossas crianças vitaminas do complexo B, necessárias para a absorção destas calorias vazias. Na verdade, rouba espaço para todos os nutrientes que poderiam ter sido ingeridos se não houvesse essa péssima alimentação nas escolas. O mesmo se dá para a péssima alimentação nos hospitais.

A ingestão de alimentos à base de farinha branca e outros produtos refinados está associada a um risco aumentado de obesidade e diabetes. Mais perverso ainda é o fato que eles são fáceis de pegar, comer, possuem sabor agradável e causam saciedade muito passageira.

A ingestão de alimentos à base de farinha branca também está associada a um risco aumentado de cáries dentárias.

As empresas de panificação lançam mão de toda sorte de produtos químicos no intuito de fabricar pães que atendam a uma série de aparentes conveniências, como por exemplo, prolongar a “vida de prateleira”, manter uma aparência de “frescor”, criar uma crosta bem crocante e alaranjada, tornar o processo de produção mais “confiável”, “melhorar” a textura da massa, minimizar a contaminação por microorganismos indesejáveis, etc.

Para obter essas “conveniências”, as empresas de panificação costumam lançar mão de produtos nada saudáveis, como bromatos, usados para “melhorar” a farinha e que são tóxicos porque podem interferir com o metabolismo do iodo causando problemas na glândula tireóide, além de poderem causar câncer. Sim, os bromatos estão proibidos por Lei brasileira desde o início do Século 21, mas quem garante que seu uso não ocorre de maneira clandestina? Há que se ter cuidado para que esse veneno não chegue às nossas crianças. Nem aos nossos doentes nos hospitais. E o melhor cuidado é não oferecer o pão industrializado de procedência que você não conheça ou possa garantir.

Outro exemplo são as margarinas, também conhecidas como gorduras vegetais, fontes de gorduras oxidadas e deformadas – e sim, até mesmo trans –, que podem causar toda sorte de prejuízos à nossa saúde e que são utilizadas quase que obrigatoriamente pelas panificadoras para prolongar a “vida de prateleira” de seus maravilhosos pães, bolachas, pães-de-queijo, bolos etc.

O cardápio dos lanches da maioria das escolas está excessivamente monótono. Quase todos os dias pão branco, bolacha ou bolo ( que se compõe de farinha refinada + açúcar refinado), quase sempre acompanhados de ingredientes industrializados como requeijão ou geléia – e nada de frutas frescas. Com a enorme disponibilidade de frutas frescas, in natura, que temos no Brasil, cada vez menos o cardápio das escolas tem oferecido frutas frescas!!! Mais se parece um cardápio de algum país gelado, sem muitas opções de frutas e com uma indústria alimentícia próspera que NA MINHA OPINIÃO PAUTA, SIM, as tabelas e diretrizes nutricionais que mais lhes convêm para serem seguidas por TODOS, inclusive pelo Brasil, país onde facilmente se encontram frutas in natura. De que outra forma explicar a ausência cada vez maior de alimentos in natura nos lanches das escolas? Na minha cartilha, alimentos in natura são mais saudáveis, nutritivos e adequados a crianças pequenas que “produtos alimentícios” industrializados e refinados. Cada vez mais raramente vejo frutas, muito menos um iogurte natural e integral, no cardápio de escolas e hospitais. Será que nossas crianças e doentes não precisam de probióticos no lanche?

Ingredientes Ocultos na Alimentação das Escolas e Hospitais

Todos esses pães e bolos, por sua vez, levam margarina ou “gordura vegetal” à base de óleos vegetais os mais ordinários, altamente refinados, interesterificados e consequentemente oxidados, leite reconstituído, vitamina A sintética, mono e diglicerídios (que por uma brecha legal PODEM conter ácidos graxos trans, pois apenas triglicerídiossão legalmente considerados como ácidos graxos, inclusive para fins de contagem calórica), lecitina de soja (quase sempre transgênica), benzoato de sódio (que na presença de ácido ascórbico, conservante presente em outros alimentos e também conhecido como vitamina C, se transforma em benzeno, conhecido agente cancerígeno), TBHQ ou butil hidroquinona terciária (que ativa o gene da tioredoxina, substância envolvida no crescimento celular e apoptose – Biochem J. 01/09/2006; 398(Pt 2): 269–277), aroma “idêntico ao natural” de manteiga, entre outros.

Bolachas Industrializadas nas Escolas e Hospitais

Bolachas industrializadas levam, além da gordura vegetal acima, açúcar invertido (ingrediente de altíssimo índice glicêmico que requer a produção de altos picos de insulina pelo pâncreas), xarope de milho de alto teor de frutose (que além de sobrecarregar o pâncreas satura a via metabólica da glicose, pois a frutose-1-fosfato produzida a partir da frutose por ação da frutoquinase hepática gera metabólitos a jusante do passo metabólico regulatório no nível da fosfofrutoquinase – o que significa que as vias que seriam naturalmente moduladas/retardadas por intermediários energéticos que afetam os níveis de fosfofrutoquinase NÃO são moduladas pela frutose), amido, fermento químico, lecitina de soja, enzimas como protease e alfa-amilase (produzidas a partir de microorganismos geneticamente modificados) etc.

Escolas e Hospitais Oferecem Sucos Industrializados

Sucos industrializados podem conter açúcar, fosfato de potássio monobásico, cloreto de sódio (sal), ácido cítrico, benzoato de sódio, sorbato de potássio, “aroma idêntico ao natural” da fruta, reguladores de acidez, corantes artificiais (ex: “vermelho-bordeaux”, “azul brilhante”, etc), antioxidante (ácido ascórbico) (que reage com o benzoato de sódio produzindo benzeno, cancerígeno), extrato de soja (transgênica) etc.

Geleias Industrializadas no Cardápio de Escolas e Hospitais

Geleias industrializadas podem conter xarope de milho de alto teor de frutose, carragena [cancerígeno de acordo com Environ Health Perspect 109:983-994 (2001)], ácido cítrico, benzoato de sódio, essência artificial de fruta, corantes artificiais potencialmente alergênicos, tartrazina etc.

Nitritos e Glutamato Monossódico

Salsichas e peito de peru, que podem constar no cardápio do lanche dos nossos filhos e dos nossos doentes hospitalizados, são carnes embutidas, altamente industrializadas e nada naturais que contêm nitritos (que no intestino formam nitrosaminas, cancerígenas) e glutamato monossódico.

Os Ingredientes Artificiais Interagem Entre Si

Vimos acima o caso da interação entre o benzoato e o ácido ascórbico, transformando-se em benzeno (cancerígeno). Mas saiba que praticamente não se tem ideia de todas as possíveis interações e consequências, entre tantos e tantos produtos químicos que se encontram em tantos e tantos “produtos alimentícios” diferentes.

Até que ponto se pode garantir que uma dor de cabeça crônica, uma síndrome da fadiga crônica, uma asma, uma síndrome do intestino irritável, uma alergia recorrente, uma doença autoimune, um câncer, não possam decorrer de uma sensibilidade química apresentada por um determinado indivíduo?

Você Pode Mudar Este Cenário!

Se as “autoridades de saúde” não estão tomando as devidas providências, isso não significa que você deve ficar aí parado. Não espere alguém fazer alguma coisa. Faça você. Leia mais. Informe-se. Estude. Questione. Dê o exemplo em casa antes de mais nada. Exija cardápios naturais, isentos de produtos industrializados, refinados, oxidados e artificiais, no lanche e/ou refeição de seu filho na escola. Junte-se a outras pessoas que pensam como você. A união faz a força. Exija cardápios naturais para seus entes queridos hospitalizados. Se uma boa parte dos consumidores exigir um determinado padrão, um segmento do mercado passará a oferecê-lo. E lembre-se que afinal, você não estará exigindo nenhum absurdo – apenas alimentos in natura nas escolas e hospitais, como carne fresca, frutas e verduras frescas, ovos frescos, enfim, alimentos que sempre estiveram associados à boa saúde desde o início da Humanidade.


Nota sobre o Dr. Alexandre Feldman: clínico-geral, especializado no tratamento de cefaléias crônicas, enxaquecas e dores de cabeça em geral. Seu tratamento envolve mudanças importantes nos hábitos e estilo de vida dos pacientes, inclusive no que comer, quanto comer, como preparar, tipo de ingredientes. Saiba mais sobre ele no link enxaqueca.com.br

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Participe do movimento pela melhora dos alimentos servidos aos pacientes em recuperação nos hospitais. Na página do Face "Comida de Hospital é alimento?, estou colhendo relatos de pessoas que passaram por esse processo para podermos pensar numa maneira de regulamentação. Participe!

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA MEDICINA

Para quem ainda não sabe estou batalhando muito por uma regulamentação do tipo de alimentos servidos nos hospitais para os pacientes. 
Ando muito preocupada pelo grande número de itens industrializados, repletos de aditivos químicos, gorduras ruins e açúcar. Como alguém pode se recuperar com esse tipo de comida? E vejam não estou falando de hospitais públicos não, as minhas experiências foram em hospitais particulares, de ponta...
Na página do Face "Comida de Hospital  é alimento?, estou colhendo relatos de pessoas que passaram por esse processo para podermos pensar numa maneira de regulamentação. Participe!
Nadia Cozzi

Fonte: Nutrição HSD - Hospital São Domingos
5a. feira, Janeiro 30, 2014 posted by: Bruno Oliveira 


Ingerir os nutrientes de forma correta é crucial para o sucesso do tratamento médico

Muitas informações dão conta do papel que os alimentos exercem na manutenção e na promoção da saúde, ou seja, não é novidade que a alimentação adequada é responsável pelo perfeito equilíbrio orgânico. Mas, o que muita gente desconhece é o papel que a nutrição exerce quando o assunto é tratar determinada doença. Na oncologia, por exemplo, saber exatamente o que se deve colocar no prato do paciente pode ser vital para a cura do problema.

Segundo Rosione Sobrinho, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital São Domingos, é fundamental que se entenda que um organismo exposto constantemente ao consumo de medicamentos necessita de um suporte ainda maior e isso é obtido por meio dos alimentos. “Em geral, as doenças se aproveitam da fraqueza orgânica para se espalharem pelo corpo. No caso do câncer este aspecto é ainda grave, pois o tumor provoca no indivíduo doente a ausência de fome”, ressalta.

De acordo com a também nutricionista, Jacqueline Galvão, devido às diversas situações e à importância da adequação alimentar, costuma-se trabalhar com o que se conhece por individualização nutricional. Ela explica que não dá para criar um cardápio geral, para pacientes com tantas especificidades. “Daí ser importante uma análise detalhada e um acompanhamento efetivo, pois, se uma dieta não está dando resultados, por não estar agradando ao paladar ou por prejudicar a absorção de um medicamento, trabalha-se com a readequação, sempre de acordo com a prescrição médica”.

Comodidade x Saúde Além de destacarem a dieta como fundamental para a saúde, as especialistas ressaltam que há alimentos que atuam negativamente, tanto no organismo de quem está doente, quanto no de pessoas saudáveis, neste último caso podendo provocar o surgimento de problemas de saúde e até do câncer.

Segundo elas, os industrializados, embora ofereçam facilidade, são um risco para quem quer se manter saudável. “Hoje em dia as pessoas tem menos tempo e se podemos fazer algo rapidamente para comer, melhor. Mas isso é um risco, pois alimentos industrializados possuem ingredientes que intoxicam o organismo”, alerta Rosione Sobrinho.


Outros exemplos de alimentos tóxicos são as frituras. “Há uma produção e acúmulo de groelina. Se consumida constantemente, essa toxina pode provocar uma lesão no estômago e levar ao câncer gástrico”, conta Rosione. Elementos cancerígenos também estão presentes em temperos e condimentos prontos. “São ricos em gorduras trans, daí são consideradas substâncias antinutrientes, ou seja, prejudicam o organismo”, ressalta a nutricionista.

Para pacientes com câncer há, ainda, o agravante da dor. Rosione Sobrinho revela que alguns alimentos tem potencial de gerar ainda mais desconforto, pois possuem a capacidade de intoxicação do organismo. É o caso dos que contém nitratos e nitritos. “Embutidos, como salsichas, linguiças e carne de sol, adoçantes artificiais e produtos diet e light, bem como bebidas à base de cola, café e chá mate não são recomendados, pois podem provocar dores ou piorar esse quadro”, diz.

Em contrapartida, alguns alimentos possuem a capacidade de melhorar o estado da doença. “Inclusive ajudando a impedir o crescimento do tumor. Entre estes estão repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, laranja, dentre outros”, afirma a especialista. Entretanto, ela alerta que nada disso pode ser tomado como uma generalização.

Ainda sobre alimentos funcionais (os que colaboram para a saúde do organismo), as nutricionistas destacam os que são ricos em magnésio, como beterraba, abacate, banana, feijão, ervilha, peixes, ovos, dentre outros. “Sem esse nutriente, o corpo fica em desequilíbrio. No caso de pacientes com câncer, uma deficiência em magnésio pode dar margem a inflamações e a dores”, revela Rosione Sobrinho.

Jacqueline Galvão destaca que, mantendo uma alimentação correta, é possível diminuir os riscos de desenvolvimento de diversas doenças. “Você terá um fator de risco a menos, pois estará evitando a intoxicação do organismo. Por isso, além de equilibrada, quanto mais naturais forem os alimentos, melhor”, finaliza.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Deputado e veterinária defendem uso do colostro bovino na alimentação humana

Se o leite já anda fazendo mal causando tantos casos de intolerância, o que será que isso pode fazer com a nossa saúde? Provavelmente se isso for aprovado, nunca saberemos onde será usado.




Fonte: MIDIAMAX
23/08/2016

O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) e a médica-veterinária Marina Helena Saalfeld defenderam, nesta terça-feira (23), o aproveitamento do colostro bovino na alimentação humana. O tema foi discutido em reunião técnica promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

Considerado a primeira vacina natural, o colostro é uma forma de leite secretado pela maioria dos mamíferos nos primeiros dias de amamentação pós-parto. A utilização em humanos da versão bovina da substância não é, porém, permitida no Brasil.

Autora de estudos sobre os benefícios do uso do colostro bovino, Marina Helena Saalfeld comentou que a utilização do produto é liberada em diversos países. Para ela, a proibição brasileira, em vigor desde 1952, trata-se de uma medida retrógrada.

"Temos um produto com alto valor agregado e que está sendo jogado fora por causa de um decreto (30.691/52) da década de 1950. Não há justificativa para essa proibição”, disse a veterinária. “No momento em que mudarmos essa legislação, nosso agricultor, que já é tão penalizado, terá um novo produto para vender. Isso gerará empregos e aumento de arrecadação para o País”, continuou.

Segundo alguns especialistas, o leite e o colostro precisam ser manipulados separadamente para que eles não coagulem. Isso seria um dos motivos para que, na época do decreto, ele tenha sido proibido. Representantes do Ministério da Agricultura e da Anvisa, por outro lado, afirmam que a evolução do manuseio do colostro e dos equipamentos de higiene garantem sua utilização pelo homem.

Desperdício

Autor do requerimento para realização do encontro de hoje, Alceu Moreira ressaltou que o aproveitamento do colostro bovino é importante por trazer benefícios para a saúde e também para os agricultores, além de evitar o desperdício de milhões de litros de colostro anualmente.

“O mundo inteiro usa o colostro em larga escala. É um alimento de ótima qualidade, com poder de nutrição cinco vezes maior que o próprio leite normal e está sendo jogado fora. A Anvisa não libera porque o decreto não permite, e o Ministério da Agricultura não faz porque ninguém até hoje tinha pedido para mudar", comentou o parlamentar.

A produção atual de colostro bovino no Brasil chega a 1,9 bilhão de litros, dos quais metade alimenta os filhotes e a outra metade é descartada. Países como Noruega, Finlândia, Canadá e Austrália utilizam o colostro como suplemento alimentar e como produto medicinal.

Alceu Moreira acredita que a modificação do decreto que libera o colostro para alimentação humana poderá ser feita pelo Ministério da Agricultura até o fim do ano.





quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SP tem curso de capacitação para atendimento a pacientes veganos e vegetarianos

Fonte: Ciclo Vivo
A capacitação visa atender uma demanda crescente de profissionais que recebem pacientes com dietas vegetarianas.
17 de agosto de 2016 • Atualizado às 10 : 00




A capacitação acontecerá em São Paulo, no mês de setembro. | Foto: Sociedade Vegetariana Brasileira

A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) está promovendo seu primeiro curso de atualização para médicos nutrólogos, nutricionistas e estudantes a fim de capacitar os profissionais a atender pacientes vegetarianos e veganos.

A capacitação acontecerá em São Paulo, em um prédio da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) no bairro da Liberdade, nos dias 10 e 11 de setembro. Os docentes incluem o Dr. Eric Slywitch, médico nutrólogo, e Alessandra Luglio, nutricionista.

O curso foi lançado pela SVB para atender a uma demanda crescente de profissionais que têm recebido com frequência pacientes que optam pela alimentação vegetariana ou vegana. “Quem trabalha com nutrição clínica tem percebido isso. Comparando-se com dois, três anos atrás, recebemos um número muito maior de pessoas interessadas em seguir uma dieta vegetariana ou já vegetarianos em consultório. E a maioria dos profissionais não aprenderam sobre nutrição vegetariana nas suas faculdades, então se veem incapacitados de orientar adequadamente esses pacientes”, explica Alessandra Luglio, nutricionista e docente do curso.

“Na SVB nós recebemos, o tempo todo, mensagens de pessoas contando que procuraram o nutricionista ao decidir tornar-se vegetarianos e veganos, e que o nutricionista respondeu que eles precisariam consumir obrigatoriamente algum derivado animal para obter a proteína animal¨, conta Guilherme Carvalho, secretário executivo da SVB. Segundo o Dr. Eric Slywitch, médico nutrólogo e também docente do curso, “a orientação de consumir obrigatoriamente derivados animais é equivocada, uma vez que é possível obter os nutrientes sem dificuldades e ter saúde perfeita, e até melhor em muitos casos, sem consumir nada de origem animal se for essa a opção do paciente”.

Serviço:

COMO ATENDER O PACIENTE VEGETARIANO OU VEGANO
Curso para nutrólogos, nutricionistas e estudantes do último ano de nutrição
Duração: Dois dias – 16 horas
Coordenação: Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB)
Inscrições
Inscrição válida apenas para o curso completo (10 e 11 de setembro). Curso destinado a nutrólogos, nutricionistas e estudantes a partir do terceiro ano dos cursos de nutrição e medicina. Vagas limitadas

Valor promocional filiados à SVB*
R$195,00

Valor para não filiados à SVB
R$300,00

Valor promocional para estudantes FMU**
R$225,00

*Obrigatória a apresentação da carteirinha da SVB no credenciamento.
**Ex-estudantes e estudantes FMU a partir do 3º ano.
Local – FMU Liberdade
Auditório Ulysses Guimarães
Endereço – Rua Taguá, 150 – Liberdade – São Paulo – SP
Informações e inscrições – cursonutricaovegetariana.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Saiba o que você está comendo: Gelatina

Fonte: PROPAGANUT

“Gelatina é uma boa opção de lanche para as crianças” e “Comer gelatina faz bem para a pele”, são duas expressões comuns, mas será que estão corretas?

Atualmente no mercado é possível encontrar uma variedade de sabores de gelatina. Várias “frutas”, sozinhas ou combinadas entre si, e em versões com açúcar ou diets estão disponíveis nas prateleiras. Entre as embalagens das marcas mais conhecidas, podemos observar a utilização de muitas cores, “bonecos de gelatina” e até de personagens de desenhos infantis, tornando este produto um atrativo para as crianças.



Vamos analisar a composição nutricional e a lista de ingredientes de uma das marcas mais famosas:


Ingredientes:

Açúcar, gelatina, sal, vitamina: A, C e E, regulador de acidez citrato de sódio, acidulante ácido fumárico, aromatizante, edulcorantes artificiais: aspartame, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio e sacarina sódica e corantes artificiais: bordeaux s., azul brilhante fcf e tartrazina.Baixo valor energético. Contém fenilalanina. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

Primeiramente é preciso destacar o fato de que a gelatina de frutas, que muitas vezes usa imagens dessas frutas em sua embalagem, não possui NENHUMA fruta em sua composição. Esse tipo de estratégia de propaganda induz o consumidor ao erro, visto que muitas pessoas compram produtos com sabores de frutas achando que estão consumindo a fruta em si e, portanto, algo mais saudável. Mas na verdade tudo que estão ingerindo são corantes, aromatizante e tantos outros aditivos utilizados para criar a semelhança com as frutas e para melhorar o sabor desses produtos.

Observa-se que o açúcar é o primeiro ingrediente da lista, indicando que é o ingrediente presente em maior quantidade. Esta informação pode ser confirmada na tabela de composição nutricional que mostra que em cada 6,8g de produto há 4,3g de açúcar. Vale ressaltar que a porção de 6,8 é a considerada ideal, entretanto uma embalagem tradicional possui aproximadamente 5 vezes esta quantidade, ou seja 35g de gelatina e 22,1g de açúcar!

Fazendo uma análise crítica, podemos concluir que a adição das vitaminas A, C e E torna-se um atrativo para os pais, que acreditam estar oferecendo um alimento nutritivo para seus filhos. Porém é necessário que os mesmos leiam e entendam o resto da lista, a qual mostra que o produto possui vários aditivos químicos, como acidulantes, aromatizantes e corantes. É importante ressaltar também que as melhores fontes de nutrientes como as vitaminas, são as frutas e hortaliças e não alimentos industrializados com a adição desses nutrientes.

A presença desses aditivos químicos, associados ao sal, presente em terceiro lugar na lista de ingredientes, são os prováveis responsáveis pela alta quantidade de sódio do produto. Assim como no caso do açúcar, a tabela de composição nutricional mostra que cada 6,8g de produto possui 101mg de sódio, mas em 35g (correspondente a todo o conteúdo da embalagem) a pessoa consome 520mg! Quando pensamos em uma recomendação média de 2000mg de sódio, recomendação oficial da OMS para crianças (veja neste post) esse valor é equivalente a 26% do recomendado.

Entre os aditivos estão presentes também o ciclamato de sódio e a sacarina sódica, dois edulcorantes que não devem ser consumidos por gestantes. Esses ingredientes estão presentes em diversos alimentos, inclusive os lights e diets, muito procurados por gestantes que querem ganhar pouco peso nessa fase da vida, e os fabricantes não dão nenhum alerta no rótulo de seus produtos.

No que diz respeito ao colágeno, sabe-se que a quantidade dessa proteína presente na gelatina é muito pouca e que por isso o indivíduo precisa consumir grandes quantidades para ter algum benefício. Além disso, a absorção do colágeno da gelatina não é muito eficiente (veja a opinião de médicos e nutricionistas aqui e aqui).

Como discutido acima, consumir grandes quantidades dessa gelatina industrializada é sinônimo de consumir altos teores de açúcar e de aditivos químicos, ou seja, não compensa. Esse produto, assim como qualquer outra sobremesa rica em açúcar, deve ser consumido eventualmente e não como substituto de frutas e lanches no dia a dia.


Nota do Blog: Porque então gelatina é a sobremesa mais servida nos hospitais?

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Danone e Whitewave, duas gigantes se unem

Fonte: ORGANICSNET

07/07/2016





Fonte da imagem: Earthhbound Farm’s Pinterest

Anunciada nesta quinta feira. Com vistas em aumentar a presença da Danone nos Estados Unidos, mercado consolidado da Whitewave. A compra está avaliada em 12,5 bilhões de dólares. A empresa vendeu US$ 4 bilhões em 2015 e possui plataformas na América do Norte e na Europa. Dentre seus produtos, constam o leite orgânico Horizon Milk, o sorvete So delicious e as saladas orgânicas prontas para consumo Power Meals da Earth Bound farms.

Emmanuel Faber, chefe-executivo da Danone, assumiu a empresa em outubro de 2014 e prometeu levar a companhia para um crescimento sustentável. “Isso vai nos permitir melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar a nossa capacidade de resistência por meio de uma plataforma mais ampla na América do Norte,” disse Faber.

A expectativa é que haja sinergias de US$ 300 milhões a serem aproveitadas até 2020, impulsionando os negócios da Danone no mercado da Whitewave. A transação deverá ser concluída até o fim do ano e está ainda sujeita à aprovação dos acionistas da WhiteWave, chancela regulatória e outras condições comuns nesse tipo de acordo.

A Danone atua em 130 países e gerou vendas de € 22.4 bilhões em 2015. Para conferir mais produtos do portifólio da WhiteWave e agora da Danone também acesse o What we make da Whitewave

Veja a matéria completa em: Valor – Dow Jones Newswires & Istoé

Para saber mais:

Gigantes de alimentos e bebidas miram os orgânicos – OrganicsNet

Cresce mercado global de orgânicos – OrganicsNet

Presidente da Organics Brasil discute as tendências mundiais para o mercado de orgânicos – OrganicsNet

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Comissão aprova proibição de venda de refrigerantes em escolas

Não podemos esquecer também que continuam sendo vendidas as bebidas lácteas e os sucos de caixinha, ricos em açúcar tanto quanto os refrigerantes, isso sem falar nos aditivos químicos. Água gente e fruta cortadinha!
Nadia Cozzi


Fonte: REDENUTRI
Autor: Câmara Notícias Published At: Ter 21 de Jun, 2016 13:36 BRT (18940 Leituras)


A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica. O PL será examinado agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da Câmara dos Deputados.

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica (do primeiro ao nono ano), públicas ou privadas (PL 1755/07).

A proposta recebeu parecer favorável da relatora, deputada Zenaide Maia (PR-RN). Ela concordou com os argumentos do autor do projeto, de que o aumento dos índices de obesidade infantil no País está diretamente relacionado ao consumo de alimentos como salgadinhos e refrigerantes vendidos nas escolas.

Dados
Ela citou levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada em 2008-2009, que aponta que 14,3% das crianças entre 5 e 9 anos são obesas. O problema atinge todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras. “Estamos vivendo uma epidemia de excesso de peso. A sociedade precisa buscar alternativas para combater esse problema”, disse Zenaide Maia.

A deputada afirmou que a quantidade de açúcar contida em uma lata de 355 ml de refrigerante, em torno de 36 gramas, extrapola a quantidade máxima diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 25 gramas. “Para piorar a situação, todo esse conteúdo calórico é praticamente nulo de conteúdo nutricional”, disse.

Tramitação
O projeto já foi analisado pela Comissão de Educação, onde foi rejeitada. O PL 1755/07 será examinado agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da Câmara dos Deputados.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
PL-1755/2007

O acesso à ciência e o direito às informações sobre transgênicos

Estamos vivendo uma época muito especial, as pessoas estão tomando posições, não aceitam mais o que lhes é imposto, graças a Deus!

Mas para se tomar posições é imprescindível a informação, alimentação gente é um assunto muito sério. Ela interfere na saúde física, mental e emocional das pessoas, na vida dos agricultores e muito, mas muito mesmo no Meio Ambiente!

Então vamos aproveitar esta oportunidade e entender um pouco mais sobre esse assunto tão polêmico que é o alimento transgênico e na voz de pessoas realmente comprometidas com a verdade e a informação, como é o caso da minha querida Marijane Vieira Lisboa, que já participou conosco no 2º Encontro de Sites Blogs, Redes Sociais e Profissionais da Alimentação Saudável em 2014.
Nadia Cozzi


Fonte: IEA USP
por Sylvia Miguel - publicado 20/06/2016 17:55 - última modificação 21/06/2016 16:55

Responsável pelos grandes avanços da humanidade, a ciência e seus benefícios ainda permanecem inacessíveis para grande parte da população. Não por acaso, diversos acordos internacionais tentam garantir que todos possam usufruir da ciência e de suas aplicações. Algumas inovações tecnocientíficas trazem impactos diretos nas sociedades, em especial aquelas ligadas a aspectos da vida, como é o caso da transgenia.




Acesso às deliberações de pareceres técnicos sobre transgênicos estarão em debate no dia 27 de junho.

Tendo em vista o direito fundamental de acesso à ciência e a seus resultados, o Grupo de Pesquisa Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do IEA dará prosseguimento às atividades iniciadas no primeiro seminário do dia 13 de junho,propondo um debate sobre transgênicos.O Direito de Beneficiar-se do Avanço da Ciência e os Transgênicos será o tema do dia 27 de junho.

A questão central dos pesquisadores será discutir se e como devem ser informadas à sociedade as deliberações realizadas no âmbito das comissões responsáveis pela liberação de variedades de transgênicos para comercialização e uso agrícola. O debate acontece das 14h às 17h, na Sala Ruy Leme da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. O encontro é público, gratuito, terá transmissão online ao vivo e requer inscrição prévia.

Com a moderação do coordenador do grupo de pesquisa, Pablo Rubén Mariconda,professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o debate trará a professora Marijane Vieira Lisboa, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) para discutir os procedimentos adotados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Seu foco será o impacto dos transgênicos na saúde e no ambiente e se as deliberações de uso dos transgênicos vêm assegurando o direito de acesso a essas informações.

O professor visitante do IEA, Hugh Lacey, que no primeiro encontro discutiu o Princípio da Precaução, pretende aprofundar o tema das tensões dentro do modelo da interação das atividades científicas e valores (M-CV). Propõe, nesse encontro, refletir sobre quais riscos e prejuízos devem ser investigados cientificamente em relação a determinadas variedades de transgênicos. Além disso, quais seriam as estratégias seguras de cultivo, distribuição e consumo de variedades transgênicas, tendo em vista as condições socioeconômicas e os agroecossistemas atuais.

No primeiro encontro, os pesquisadores discutiram o significado e o alcance do direito de beneficiar-se do avanço da ciência e de suas aplicações no contexto do modelo da interação entre a atividade científica e valores (M-CV). Além disso, foram discutidas as implicações desse direito para a pesquisa médica e a área da saúde, e as tensões entre esse direito e a ciência comercializada. Outro tema debatido foi a tensão existente entre a liberdade da pesquisa científica afirmada na Declaração de Veneza, ante a participação democrática nas decisões sobre as prioridades da pesquisa científica.

PROGRAMAÇÃO

14h - Hugh Lacey (pesquisador visitante CNPq-IEA-USP e Swarthmore College)
A primeira questão é reformulada em termos do M-CV, de modo que agora trata-se de: (a) que tipos de prejuízos e riscos do uso de uma variedade particular de transgênicos (ocasionados por quais tipos de mecanismos) devem ser investigados cientificamente? E (b) que tipos de estratégias precisam ser adotadas nessas pesquisas, para fornecer forte apoio científico para a reivindicação de que os usos (cultivo, distribuição, consumo) do transgênico – sob as condições socioeconômicas e nos agroecossistemas atuais – são seguros?

15h - Marijane Vieira Lisboa (PUC-SP)
Que procedimentos são seguidos pela CTNBio para avaliar as possíveis consequências prejudiciais dos usos dos transgênicos? Servem para assegurar que o direito de beneficiar-se do avanço da ciência será promovido?

16h Intervalo

16h15 Debate

O Direito de Beneficiar-se do Avanço da Ciência e os Transgênicos
Dia 27 de junho, das 14h às 17h00
Sala Ruy Leme - FEA/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, 1º andar, Cidade Universitária, São Paulo, SP.
Evento gratuito, com inscrição prévia e transmissão ao vivo.
Informações com Cláudia R. Tavares, email clauregi@usp.br
Página do evento

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Mantida a obrigação de identificar transgênicos no rótulo

Fonte: O Correio News
Maio 27, 2016Agricultura, Saúde

Os produtos alimentícios que contém ingredientes transgênicos devem identificar a presença de componentes geneticamente modificados no rótulo da embalagem. A decisão foi tomada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, alegando o direito à informação previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A exigência havia sido suspensa em 2012, em decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski que foi reformada para restabelecer o julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A Corte havia acolhido pedido do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e deixou ainda mais restrita a legislação: agora, os rótulos deverão identificar a presença de qualquer quantidade ou concentração de transgênicos.

Isso porque o ministro Edson Fachin tornou sem efeito o artigo 2º do Decreto Federal 4.680/2003, que exigia a rotulagem apenas quando o produto contivesse mais de 1% de transgênicos em sua composição. Ele manteve o entendimento do TRF 1, segundo o qual prevalece o princípio da plena informação ao consumidor, previsto no Código de Defesa do Consumidor.

“Verifica-se, portanto, que o afastamento da incidência do ato normativo se deu com base na sua incompatibilidade com a legislação infraconstitucional (Código de Defesa do Consumidor), de tal forma que a não aplicação da norma não teve como fundamento, explícito ou implícito, a incompatibilidade em relação à Constituição. Esse é o cerne que motiva o afastamento da aplicação do dispositivo legal, ainda que as normas e princípios previstos nessa legislação infraconstitucional também tenham assento constitucional”, explicou Fachin.


Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

Conheça o manual sobre alergias alimentares na restauração

Fonte:Observador
28/05/2016
Autor Vera Morais

O manual foi criado com o objetivo de informar, educar e ajudar os setores da restauração, hotelaria e turismo a lidar com a alergia alimentar e com as novas regras europeias.


Os frutos secos estão entre os alimentos que causam alergia com mais frequência
Mayall/ullstein bild via Getty Images

A Direção-Geral de Saúde (DGS) lançou esta sexta-feira o manual “Alergia Alimentar para a Restauração” no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. O manual pretende “informar, educar e ajudar os setores da restauração, hotelaria e turismo a lidar com a alergia alimentar e com disposições europeias previstas para esta área”, lê-se no comunicado da DGS.

Estima-se que pelo menos 8 em cada 100 crianças sofram de alergia alimentar, e que nos adultos a prevalência seja mais baixa, cerca de 5%”, refere o manual.

O manual foi preparado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação e pela Faculdade de Medicina, ambas da Universidade do Porto, e pretende dar a “possibilidade de um doente com alergia alimentar poder desfrutar de uma refeição ‘fora de casa’ em segurança e com qualidade de vida”, refere comunicado.

A alergia alimentar aumentou 18% numa década e, ao particularizar o caso das crianças, este aumento é de 50%.”

Segundo a legislação de dezembro de 2014, os clientes devem ser informados sobre “a presença de alergênicos nos produtos que vão consumir”. “Assim sendo, é importante que todos os colaboradores dos estabelecimentos de Hotelaria e Restauração saibam o que é a alergia alimentar, quais as suas manifestações clínicas, e quais os alimentos maioritariamente implicados, para poderem assegurar a qualidade e a segurança das refeições servidas.”

As alergias alimentares mais comuns são ao leite de vaca, ovo, amendoim e frutos gordos e oleaginosos (conhecidos como “frutos de casca rija” ou “frutos secos”, como a noz, a avelã, a amêndoa, entre outros), peixe, marisco, trigo e soja, sendo estes alimentos responsáveis por 90% das reações. Existem também alergénios menos prevalentes mas com obrigatoriedade de constar na rotulagem como o aipo, a mostarda ou o tremoço.”

A alergia alimentar é a reação do sistema imunitário quando exposto a um determinado alimento. O sistema imunitário reconhece o alimento como um agressor e pode manifestar-se com uma reação alérgica grave – com possibilidade de asfixia

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segunda-feira, 28 de março de 2016

"Produtos Industrializados - Gostosuras ou Travessuras?"

Nosso Encontro de Sites, Blogs, Redes Sociais e Profissionais da Alimentação Saudável, realizados em 2013 e 2014, mudou para melhor!

Vem aí ....




Tema:

Produtos Industrializados: Gostosuras ou Travessuras?


PROGRAMAÇÃO:




                       

Realização:





Apoiadores Institucionais:



PRODUTORES PARCEIROS:



segunda-feira, 21 de março de 2016

Nestlé é multada no Brasil por não informar presença de transgênicos

Fonte:Swissinfo.ch

Por Maurício Thuswohl, Rio de Janeiro

Eleita pelos brasileiros como a empresa do setor de alimentos que mais respeitou o consumidor em 2015, a Nestlé vem sendo alvo de multas e questionamentos judiciais no Brasil.







Segundo a legislação brasileira, se um produto contém mais de 1% de transgênicos, esse símbolo deve constar da etiqueta do produto, para a informação do consumidor.
(zVg)

Em dezembro, na mesma semana em que foi anunciada como uma das vencedoras do prêmio Empresas Que Mais Respeitam o Consumidor, resultado de uma pesquisa que ouviu 1.470 pessoas em oito regiões do país, a transnacional de origem suíça foi multada pelo governo brasileiro por não informar a presença de componentes transgênicos (Organismos Geneticamente Modificados) na fórmula de um de seus produtos.

De acordo com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, a Nestlé deixou de colocar o rótulo que informa a presença de transgênicos – um T maiúsculo dentro de um triângulo amarelo – nas embalagens de sua linha de biscoitos recheados Bono. No Brasil há uma lei (4.680), aprovada em 2003, que determina que qualquer produto que contenha mais de 1% de OGMs em sua composição deve trazer o rótulo de alerta em local visível de sua embalagem.

A ação do Ministério Público Federal que serviu de base ao processo na Senacon afirma que a Nestlé descumpriu esta lei: “Embora mais da metade da soja utilizada na fabricação do biscoito Bono sabor morango seja transgênica, isso não é informado na embalagem do produto, conforme foi apurado em inquérito civil instaurado na Promotoria do Consumidor”.
Embalagem

Além da Nestlé Brasil, outras cinco empresas – Pepsico, Oetker, Adria, J.Macedo e Bimbo do Brasil – foram multadas por não informar a presença de transgênicos em seus produtos. Segundo a Senacon, “essas empresas lesaram os consumidores de todo o país ao violar o direito à informação, a liberdade de escolha e a proteção contra práticas abusivas”. O órgão do governo não detalhou o valor de cada multa, limitando-se a dizer que elas podem chegar a R$ 1 milhão”.

Também foi determinada pela Senacon a imediata mudança das embalagens dos produtos, mas as empresas autuadas ainda têm direito a recurso. Procurada pela reportagem de swissinfo.ch, a direção da Nestlé não informou se recorrerá da multa imposta pelo governo: “A Nestlé Brasil tem como política interna não comentar casos em andamento”. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a empresa afirma que “não utiliza no Brasil nenhum ingrediente ou organismo modificado geneticamente”.

“Como líder mundial em Nutrição, Saúde e Bem-Estar, a companhia é sensível às preocupações e preferências dos consumidores e apoia plenamente o seu direito em saber exatamente a composição dos alimentos. Portanto, trabalha com total transparência e comprometimento em relação às informações sobre seus produtos”, diz a Nestlé Brasil.
“A favor da inovação”

A filosofia da Nestlé, no entanto, não é refratária à utilização de transgênicos. Desde a sede da empresa na Suíça, a porta-voz Lydia Méziani afirma que “nós sempre fomos a favor da inovação e do uso responsável dos avanços científicos e tecnológicos”.

“A modificação genética é uma das várias áreas da biotecnologia. É amplamente utilizada, particularmente na produção de algodão, milho, grãos de soja e canola. Potencialmente, tem um papel a desempenhar no aumento da produção de alimentos e no apoio à agricultura sustentável, ajudando a alimentar uma população mundial em crescimento. Exemplos de modificação genética incluem plantas tolerantes à seca, de alto rendimento, resistentes a pragas e tolerante a herbicidas”, diz a porta-voz da Nestlé.

Méziani diz que a Nestlé “reconhece que a utilização de Organismos Geneticamente Modificados é controversa”: “Somos particularmente sensíveis às preocupações, necessidades e preferências dos consumidores. Apoiamos plenamente o direito dos nossos consumidores de saber o que está em sua comida. Queremos dar total transparência aos nossos consumidores e estamos comprometidos a fornecer informações sobre o uso de ingredientes que são derivados de OGM”.

A decisão de usar ou não usar ingredientes transgênicos é tomada pela Nestlé em nível local, em resposta às preocupações dos consumidores de cada mercado nacional: “Quando um produto que usamos contém ingredientes derivados de OGM, estes foram aprovados pelas autoridades reguladoras locais após cumprir rigorosas avaliações regulamentares e de segurança”, diz Méziani.

Histórico

A Nestlé Brasil vem sendo notificada por não informar a presença de transgênicos em seus produtos desde 2012, quando a Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor denunciou a presença de soja modifica em produtos das linhas Sollys, Nescau e Neston. Em 2014, a organização ambientalista Greenpeace incluiu a Nestlé em uma lista de empresas que utilizam transgênicos, desta vez detectados na linha de sopas Maggi.

“A Nestlé não utiliza ingredientes geneticamente modificados na Europa, onde os consumidores rejeitam os transgênicos. Por que, então, tratar o consumidor brasileiro como um consumidor de segunda classe?”, questiona Mariana Paoli, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.

Em outro processo aberto em 2015 pela Senacon, a Nestlé Brasil pode ser multada em até R$ 8 milhões por “redução quantitativa do peso dos produtos sem a devida informação ao consumidor”. A infração, negada pela empresa, teria ocorrido na linha de sorvetes Chocolover: “A alteração se deu em outubro de 2014 e continua, até a presente data, sendo comunicada claramente na embalagem dos produtos, em pleno cumprimento da legislação vigente”, diz a Nestlé em sua defesa.


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